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Dependência Emocional, o que é e como superar?

  • Foto do escritor: Rakechi Maria da Silva
    Rakechi Maria da Silva
  • 14 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de jul.




É comum tratar da dependência como sendo unicamente de ordem patológica, tornando as pessoas refém de relações que trazem sofrimento, mas a questão é: será que podemos classificar dessa maneira algo ao qual todos nós passamos em algum momento da vida? 

 

De acordo com Winnicott, existem alguns tipos de dependência que farão parte do nosso desenvolvimento emocional durante a vida. Uma delas nomeia como dependência absoluta, quando o outro representa a única forma de obtenção do cuidado e da satisfação de todas as nossas necessidades, por exemplo, enquanto bebês. Com o amadurecimento emocional, na vida adulta, tendemos a uma dependência relativa, rumo a independência, também relativa. Afinal, mesmo que caminhando para a independência, somos seres relacionais e necessitamos da construção de vínculos para nos humanizar. 

 

O psicanalista Bowlby, pontua que a partir da qualidade do apego estabelecido com a figura materna no início da vida, efeitos poderão se apresentar na vida adulta, tornando difícil estabelecer apegos seguros. Relações onde as pessoas se sentem inseguras diante da ausência do outro ou para tomar decisões autônomas, elegendo figuras de apego para decidir e até desejar por elas, comumente assumindo uma posição passiva diante da vida.

A dificuldade de lidar com a ausência do outro

 

Negar que o outro exista dentro do que somos não fará com que ele deixe de existir. No entanto, permitir que o outro ocupe um espaço tão grande, nos tira a responsabilidade da nossa existência e, com isso, pode ocorrer de terminarmos perdidos no desejo do Outro. E a esse outro, não se trata apenas de pessoas, até mesmo a sociedade capitalista nos impõe um modo de desejar.

 

Como estamos falando de rastros da infância e da forma com a qual as relações se estruturam em um momento significativo do desenvolvimento, é difícil perceber tal dinâmica, além de ser comum resistências a transformá-la, afinal de contas, ainda que traga sofrimento, traz satisfação por relembrar esse momento inicial da vida onde o olhar do outro era exclusivamente voltado para o bebê.

 

Como tudo na vida há de se encontrar um equilíbrio. Numa psicanálise é possível, através da construção de um saber reparador sobre a sua própria história, inaugurar novas formas de estabelecer laços, sem que seja preciso sufocar a si ou ao outro. 




 
 
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